O que, de um lado, produz riqueza, de outro produz pobreza. Por isso é que dizemos que pobreza e riqueza são faces da mesma moeda. E este é, precisamente, o lado mais cruel da realidade do mundo capitalista. Por essa razão, sempre é bom refletir sobre os juros altos e pobreza no Brasil e no mundo.
Esse fenômeno percorre todo o planeta. E também assola o Brasil, contaminando política e economia, que nunca estão dissociadas.
A prova mais contundente de que juros altos resultam em pobreza no Brasil e no mundo está acontecendo no momento em que estamos escrevendo este texto.
Discute-se a questão dos juros altos, que o Banco Central teima em manter.
Há quem ganhe com os juros altos. Do outro lado da moeda, muitos perdem. E juros altos e pobreza estão associados no Brasil e no mundo inteiro. Não há ilusões quanto a isso.
Ganham os investidores, que aplicam seu dinheiro em investimentos financeiros, como títulos públicos, ações e fundos de investimento.
Esses podem se beneficiar com juros altos, que aumentam a rentabilidade desses investimentos.
Perdem os consumidores, principalmente os mais pobres, pois os produtos e serviços oferecidos no mercado tendem a ficar mais caros, o que afeta diretamente o poder de compra da população.
Esse aumento se reflete, também, nos alimentos.
Na moeda das duas faces, os ricos ficam mais ricos. E os pobres, mais pobres. E mais famintos.
Com juros altos ganham também os credores, ou seja, quem empresta, pois recebem uma remuneração maior pelo empréstimo realizado.
E nem é preciso adivinhar: ganham os bancos, as instituições financeiras que concedem empréstimos a taxas de juros elevadas, podendo – assim – aumentar ainda mais sua rentabilidade e lucratividade.
E os demais perdedores você também deve saber quem são: pessoas ou empresas que possuem dívidas com taxas de juros elevadas acabam pagando mais caro pelo dinheiro a mais que precisam pedir emprestado, o que pode gerar dificuldades financeiras e até mesmo inadimplência.
E não fique surpreso. As empresas, ou seja, quem produz, quem emprega, quem movimenta a economia, também perde.
E perde duplamente, porque haverá menos consumo, ou seja: menos gente comprando o que essas empresas produzem. E quem ainda consome passa a consumir menos.
Empresas também podem enfrentar dificuldades em conseguir crédito a juros acessíveis para investimentos e expansão de seus negócios, o que acaba impactando negativamente seu crescimento e desenvolvimento.
Juros altos no Brasil e no mundo: duas faces da mesma moeda
Existem vários fatores que contribuem para a produção de riqueza no mundo inteiro. Aqui estão alguns deles:
Tecnologia: o avanço da tecnologia tem sido um dos principais impulsionadores da produção de riqueza nas últimas décadas. As inovações tecnológicas têm criado novas indústrias e transformado a maneira como as empresas operam, permitindo que elas sejam mais eficientes e produtivas.
Educação: um nível mais alto de educação da população geralmente está associado a um maior crescimento econômico e à produção de riqueza. Países que investem em educação de qualidade tendem a ter economias mais robustas e sustentáveis.
Recursos naturais: a presença de recursos naturais valiosos, como petróleo, gás natural, minerais e madeira, pode contribuir significativamente para a produção de riqueza em um país.
Investimento: o investimento em infraestrutura, indústrias e tecnologia pode ajudar a impulsionar a produção de riqueza em um país. Países que atraem investimentos externos podem ter um crescimento econômico mais rápido e uma produção de riqueza mais elevada.
Políticas governamentais: políticas governamentais que incentivam o empreendedorismo, a inovação, a educação e a estabilidade econômica podem ter um impacto significativo na produção de riqueza de um país. É importante notar que esses fatores não são independentes. E que, muitas vezes, se reforçam mutuamente.
Por exemplo: um governo que investe em educação pode ter, em seu território, uma população mais instruída, que se torna capaz de inovar e gerar riqueza por meio da tecnologia.
Do outro lado da moeda existem os fatores que produzem mais pobreza no Brasil e em todo o globo terrestre.
São eles:
A própria pobreza: a falta de recursos financeiros é um dos principais fatores que levam à miséria. Pessoas que vivem em situação de pobreza extrema muitas vezes não têm acesso a comida, água potável, moradia adequada e serviços básicos de saúde.
Conflitos armados: guerras e conflitos civis podem deslocar milhões de pessoas, deixando-as sem abrigo e sem recursos. Além disso, os conflitos podem destruir a infraestrutura e a economia de um país, tornando ainda mais difícil para as pessoas saírem da miséria.
Falta de acesso à educação, que acaba por perpetuar a pobreza e a miséria em todo o mundo. Sem educação, as pessoas têm menos oportunidades de trabalho e são menos capazes de se adaptarem às mudanças econômicas e sociais.
Doenças graves e pandemias, como a COVID-19, podem ter um impacto devastador na vida das pessoas e nas economias dos países.
A falta de acesso a cuidados de saúde adequados e a medicamentos pode agravar ainda mais a situação.
Corrupção: enfraquece as instituições governamentais e sociais, tornando difícil para as pessoas acessarem recursos e serviços básicos.
Esses fatores citados acima são interconectados e podem se reforçar mutuamente.
Por exemplo, a pobreza pode levar à falta de acesso à educação, que por sua vez pode impedir as pessoas de saírem da pobreza.
A solução para combater a miséria em todo o mundo exige uma abordagem integrada, que enfrente esses fatores de forma coordenada e sistêmica.
Agora, pergunte a si mesmo(a): essa solução está sendo tomada? Por parte de que países?
No mundo, os problemas são equacionáveis.
Economia e política andam juntas.
São, como já dissemos, indissociáveis.
Sem decisão política não se melhora a economia.
E pobreza e riqueza continuam sendo faces da mesma moeda.
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