País mais feliz é bom para férias

A notícia já é bem conhecida: pela sétima vez consecutiva (até a data em que atualizamos este artigo), a Finlândia é considerada o pais mais feliz do mundo. Mas é preciso saber se o país mais feliz é bom para férias.

Quando se usa a expressão país mais feliz, isso significa dizer que as condições de vida da população são as melhores possíveis.

Mas, e em relação aos turistas, a Finlândia é um país receptivo? Os finlandeses são simpáticos com quem vem de fora?

Os finlandeses são conhecidos por serem bastante reservados. Mas, de um modo geral, são também muito hospitaleiros e prestativos com os turistas.

Para quem fala inglês, as coisas se tornam mais fáceis. A maioria dos finlandeses fala inglês fluentemente, o que torna a comunicação com os visitantes muito mais convidativa.

País mais feliz é bom para as férias

Bom para as férias… fora do inverso

Para quem não gosta de clima frio, é bom evitar o inverno na Finlândia, quando as temperaturas podem cair abaixo de -20 °C.

O país tem quatro estações distintas, com invernos frios e nevados e verões amenos e ensolarados.

E, no frio, os finlandeses não se sentem impedidos de aproveitar as atividades ao ar livre.

Isto porque uma das atrações é a natureza.

Sendo assim, quem gosta de diversão ao ar livre vai considerar o país mais feliz bastante bom para passar férias.

País mais feliz é bom para férias na natureza

Natureza e cultura nórdica

A Finlândia é um ótimo destino turístico para aqueles que desejam explorar a natureza, a cultura e a história nórdicas

O país oferece uma variedade de atividades ao ar livre, como caminhadas, pesca, esqui, trenós puxados por cães, passeios de barco pelos lagos e florestas, além de ser um excelente lugar para observação de auroras boreais.

A Finlândia também tem uma rica herança cultural, com muitos museus e locais históricos, incluindo a antiga fortaleza de Suomenlinna em Helsinque, Patrimônio Mundial da UNESCO.

As principais desvantagens da Finlândia para os turistas são o alto custo de vida e a falta de diversidade culinária em algumas regiões, com uma ênfase maior em alimentos tradicionais e saudáveis.

Embora muito diferente da culinária de países como o Brasil, a qualidade dos ingredientes e a forma como são preparados os alimentos são geralmente excelentes.

Por que mais feliz do mundo

Por que país mais feliz do mundo?

O Relatório Mundial da Felicidade é produzido anualmente pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em colaboração com a Gallup World Poll.

Já em 2021, a Finlândia era classificada como o país mais feliz do mundo pelo quarto ano consecutivo. Ou seja: um tetracampeão digno de regisstro. E continua ostentando, seguidamente, a classificação de mais feliz de todos.

Está à frente da Dinamarca e da Islândia, que têm ficado, respectivamente, em segundo e em terceiro, embora com pequenas oscilações previsíveis.

Pela foto acima, dá para imaginar que o país mais feliz é bom para as férias, também, dos pets.

Enquanto isso, os brasileiros estão mais tristes, segundo constatou o World Happiness Report de 2023, estudo anual que classifica a felicidade global em mais de 150 nações ao redor do mundo

A classificação da Finlândia é baseada em vários fatores, incluindo indicadores econômicos, sociais e psicológicos, como o Produto Interno Bruto per capita (PIB), a expectativa de vida saudável, o apoio social, a generosidade, a liberdade para tomar decisões de vida, a confiança e a ausência de corrupção.

País mais feliz e bom para férias com natureza exuberante

Embora haja críticas e controvérsias em torno desses índices, eles são amplamente considerados como uma medida válida da felicidade e bem-estar subjetivos em um país.

E, obviamente, essa classificação acaba servindo de base para campanhas publicitárias por parte de agências de turismo.

De qualquer modo, nunca é demais lembrar que a felicidade é um conceito complexo e multifacetado, e que a classificação de um país como o mais feliz não significa, necessariamente, que todos os seus cidadãos sejam felizes o tempo todo.

No que se refere aos índices de infelicidade dos brasileiros, embora a corrupção seja sempre citada nos noticiários, também é pertinente lembrar que há outros fatores que influenciam nesses índices, como a insegurança diante dos índices de criminalidade.

Não se pode esquecer, também, de que o inegável baixo índice de condições financeiras do brasileiro, com baixos salários e constante perda do poder aquisitivo, tem grande peso.

A renda dos trabalhadores no Brasil perde em relação, por exemplo, aos EUA e a países europeus. E mesmo em relação a alguns países da América do Sul, como o Uruguai.

Templos religiosos

Não se pode enganar uma população. Embora dinheiro não signifique tudo na vida, é inegável que não contar com renda satisfatória, ou mesmo mínima, para atender a necessidades básicas, tem grande influência no astral.

E têm influência nesse baixo astral, certamente, a falta de assistência à saúde e o baixo nível educacional, com o ensino público sempre relegado ao desprezo pelo poder público ao longo de vários anos.

Em suma, se você está procurando um destino de férias diferente e desafiador, com paisagens de tirar o fôlego e uma rica cultura e história, a Finlândia é uma ótima escolha.

Que, pode ser evidenciado, está fora de alcance dos brasileiros de um modo geral.

Muito movimento também na cidade

Privilégio dos ricos

Visitar a Finlândia passa a ser privilégio das chamadas elites econômicas, cada vez mais privilegiadas por uma série de fatores que tornam os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.

Não estamos inventando isso nem tratando o tema como parte da batalha ideológica que, tantas vezes, trava o bem-estar do brasileiro médio.

Basta constatar os índices oficiais sobre renda familiar para chegar a essa constatação óbvia.

Viver bem e poder tirar férias compensadoras fazem parte, inegavelmente, dos índices de felicidade de qualquer população ao redor do mundo.

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

Gerson Menezes é escritor, jornalista aposentado com mais de 40 anos de atividade (especialmente nas áreas de Política, de Economia e de assessoria de Imprensa), empresário, ex-professor universitário, empreendedor digital e youtuber. (Mais informações no Menu do Rodapé)

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