Frases equivocadas (e burras) levam a enganos graves. Por isso, resolvemos publicar este recado (e algumas dicas) para quem não fez universidade.
Não é nenhum exagero dizer que é preciso se informar bastante antes de se decidir por um curso superior.
Ter sucesso na vida não depende de curso superior. Assim como curso superior – obviamente – não garante, como simples consequência, o sucesso de ninguém.
Quem não enxerga essa evidência demonstra alto grau de alienação em relação à realidade do mundo, em constante transformação.
Já há algum tempo publicamos, em um dos nossos canais no YouTube, alguns vídeos alertando sobre a extinção de várias profissões, devido a essas transformações pelas quais o mundo vem passando.
Se quiser assistir a um desses vídeos, clique na imagem logo acima. E pode procurar mais no canal, porque o tema é tão importante (e atual) que o abordamos em mais de um vídeo.
Para quem não pensa só em dinheiro
Obviamente, a decisão de cursar universidade pode estar, ou não, associada a dinheiro.
Na maioria das vezes está, pelo menos parcialmente, associada a ganhos financeiros, porque todos precisamos de renda para sobreviver.
Isso torna ainda mais indispensável fazer um balanço das profissões que estão sendo extintas, devido ao surgimento de novas tecnologias, entre outros fatores.
Isso impediria a pessoa de iniciar um curso universitário e se formar numa profissão que nem existe mais. Ou que não tem mais nenhum lugar no mercado de trabalho.
Há também os que já possuem uma vida confortável ou equilibrada, e buscam um curso superior apenas como complementação de conhecimento. Ou mesmo por paixão. E até por diletantismo ou necessidade de ampliar o convívio social.
São privilegiados numa época difícil que não nos leva a vislumbrar nenhuma mudança profunda, pelo menos a curto ou médio prazo, para superar obstáculos econômicos e viver bem.
Para quem quer fazer universidade
Independentemente de todos os fatores, é preciso refletir bastante antes de tomar uma decisão que pode vir a se revelar crucial para o resto da vida.
Mesmo no caso de profissionais que continuam sendo absorvidos pelo mercado (como é o caso dos médicos) é preciso atentar para fatores como a qualidade do ensino.
Isto porque, até para o próprio exercício das profissões, o tempo impôs mudanças importantes.
Para tornar-se um bom médico não é suficiente ser um bom cirurgião e saber cuidar de doentes, mas dominar instrumentos que permitam diagnósticos mais precisos e exames mais detalhados.
Surgiram muitas tecnologias que também auxiliam nas cirurgias, como as intervenções a laser.
Um engenheiro que se especializa em cálculos pode, hoje, perfeitamente, utilizar equipamentos modernos em que os dados são inseridos e se obtêm resultados precisos, sem a necessidade de fazer inúmeros cálculos manualmente.
Todos os critérios para se conhecer uma boa universidade incluem não apenas disciplinas atualizadas, como ainda a qualidade dos laboratórios, quando as profissões exigem essa prática da profissão já durante o curso.
Quem não faz universidade pode ter (muito) sucesso
O Brasil precisa de técnicos. Essa é uma frase pronunciada há muito tempo pelos que entendem de mercado de trabalho.
Mas é uma frase que, nem sempre, merece a atenção indispensável.
Isso decorre, exatamente, da importância que se dá aos cursos superiores, que são vistos, também, como símbolo de status.
Mas há engenheiros desempregados e médicos que aceitam trabalhar apenas nas capitais e nos grandes centros urbanos. E não acham as vagas para o sucesso que almejam.
Há várias décadas, a prefeitura do Rio de Janeiro lançou um concurso para garis, que motivou a formação de extensas filas em busca de uma vaga.
Acredite: nessa fila havia engenheiros e advogados formados, que – por vários motivos – não conseguiram se colocar no mercado de trabalho.
Há universidades que oferecem cursos na área de tecnologia avançada e informática. Mas um bom programador, que não tenha cursado universidade e tenha se dedicado, realmente, a aprender programação, dificilmente ficará sem emprego.
Esse profissional sem curso universitário encontrará muitas vagas e terá excelente remuneração. E para isso, evidentemente, terá que comprovar competência e o devido empenho exigido pela atividade.
O fascínio pelo título de Doutor
No mundo há todo tipo de gente, inclusive gente que tem fascínio pelo título de Doutor.
O que muitos não sabem é que, embora tenha se tornado um costume chamar de Doutor tanto médicos como advogados, nem sempre você está – realmente – diante de um Doutor.
Da mesma forma, você pode estar diante de uma pessoa formada em Psicologia, por exemplo, e que pode ser chamada com esse título e você não saber. Ou até não aceitar.
Vamos explicar: o título de doutor é obtido por quem, após se graduar, cursa o doutorado. E nem todos os médicos, engenheiros e advogados fazem isso.
E para obter o doutorado (que é um curso que exige muita dedicação), é exigido que se faça, antes, além do bacharelado ou de licenciatura, a graduação em mestrado.
Tanto para mestrado como para doutorado, é exigido o domínio de idiomas, especialmente de Inglês.
No caso de doutorado, além do Inglês, é preciso dominar outro idioma estrangeiro.
Quem passa a ter o direito de usar o título de Doutor, portanto, é quem faz o doutorado e defende tese diante de uma banca da universidade.
A exigência de domínio de idiomas estrangeiros não é uma mera formalidade. Ela se justifica devido ao fato de que estudos, teses, pesquisas e uma extensa bibliografia são necessárias para que o aluno tenha o mais amplo conhecimento e especialização naquela profissão.
Outra coisa que muita gente não sabe é que os títulos de Mestre e de Doutor podem ser obtidos não apenas por médicos, advogados e engenheiros.
Eles podem ser conquistados em qualquer área do saber em que a pessoa tenha obtido, antes, a graduação em curso universitário.
Ou seja: que a pessoa tenha licenciatura ou bacharelado. E então complete o curso de doutorado, cumprindo as mesmas exigências de especialização e domínio de idiomas estrangeiros.
Dicas para quem não fez universidade
Entre nossas dicas para quem não fez universidade, portanto, está a de que você, sem dúvida, poderá conquistar sucesso profissional e financeiro.
Mais até do que muito doutor, por aí, que adora usar o Dr antes do nome, mesmo sem merecer o título e ainda que nem seja um profissional tão bom quanto se possa esperar.
Um recado final, em resumo, para quem não fez universidade: o sucesso está plenamente ao seu alcance.
E, se é verdade que não poderá ser chamado de Doutor, seja ao menos um senhor profissional.
Isso depende, fundamentalmente, de você, do seu esforço, da sua dedicação e do seu empenho em ser o melhor. Em qualquer área ou atividade que você tenha escolhido.
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