guerras destaque

A expressão durma em paz é apenas uma ilusão, pois desde que o mundo é mundo nunca houve paz. As guerras antigas e lições atuais parecem nada ensinar, pois a tal da Humanidade se recusa a aprender.

A história é marcada por conflitos e guerras que moldaram o destino de nações e povos ao longo dos séculos. Muitas lições ficaram. Mas nada se aprende para caminhar pela paz.

Guerras antigas e lições atuais

Cada acontecimento, incluindo os conflitos regionais e as guerras mundiais, teve um impacto significativo no destino dos povos de várias nações.

As guerras antigas, como as Guerras Púnicas (264-146 a.C.), as Guerras Greco-Persas (499-449 a.C.) e as Guerras Médicas (499-449 a.C.), moldaram o mundo antigo.

Esses conflitos envolveram impérios e cidades-estado, como Roma, Cartago, Grécia e Pérsia, que lutaram pelo poder e pela supremacia regional.

Durante a Idade Média, as Cruzadas (1096-1291) tiveram um papel significativo, com cristãos europeus empreendendo expedições militares para retomar a Terra Santa dos muçulmanos.

Além disso, a chamada Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre a França e a Inglaterra, marcou uma era de mudanças sociais, políticas e tecnológicas.

O Renascimento também testemunhou conflitos, como as Guerras Italianas (1494-1559), que envolveram potências europeias na disputa pelo controle dos territórios italianos.

Guerras antigas e lições atuais que serviriam à paz

A Era Moderna e as Guerras Mundiais

Com o advento da denominada Era Moderna, essa suposta modernidade não mudou o cenário de belicismo, pois o que se viu foi uma série de conflitos em grande escala.

As Guerras Napoleônicas (1803-1815) marcaram um período de intensa luta na Europa, com Napoleão Bonaparte buscando estabelecer um império.

As duas Guerras Mundiais, no século XX, por sua vez, tiveram um impacto global sem precedentes nesse histórico de destruição e mortes.

Um dos vários reflexos desses conflitos de grande dimensão foi o desequilíbrio populacional.

Como quem vai às guerras são os homens, vários países convivem, ainda hoje, com uma população feminina muito maior do que a de homens.

Mulheres são prejudicadas com as guerras antigas e atuais

O desequilíbrio populacional com as guerras

O desequilíbrio populacional acarreta problemas sérios no âmbito econômico, por exemplo.

As populações envelhecem (como é o caso do Japão) e não há nascimentos em número suficiente para que jovens assumam os destinos da nação.

Rússia e Ucrânia, que estão em guerra há mais de um ano, não aprenderam a lição.

Verifica-se um declínio acentuado das taxas de natalidade, ao lado de altas taxas de mortalidade com as guerras, acarretando um declínio acentuado da população masculina.

Este é apenas um dos reflexos das guerras antigas e lições atuais que não são aprendidas.

Marcadas pelas guerras

Diante disso, verifica-se que as mulheres que desejam constituir uma família são frequentemente forçadas a procurar relacionamentos em outros países.

Por questões variadas, que incluem conflitos bélicos e problemas de ordem social, contabiliza-se hoje a existência de, no mínimo, 10 países onde o número de mulheres supera o de homens, embora essa lista seja muito maior.

Na lista de dez países estão Nepal, Letônia, Lituânia, El Salvador, Armênia, Portugal, Estônia.

Completam a lista os 3 países no conflito atual: Belarus, Rússia e Ucrânia.

As duas maiores guerras e as lições que não são aprendidas

As duas maiores guerras. Até agora

Iniciada em julho de 2014 com o assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria, a Primeira Guerra Mundial envolveu as principais potências europeias.

As trincheiras, a guerra de movimento e o uso de novas tecnologias militares, como tanques e armas químicas, caracterizaram esse conflito brutal.

A denominada guerra de movimento, que deu início ao conflito, consistiu na grande movimentação das tropas de ambos os lados (Tríplice Aliança e Tríplice Entente), com vistas à invasão e à ocupação rápida dos territórios inimigos.

Entende-se como Tríplice Entente a aliança formada pela Inglaterra, Rússia e França, para resistir e contestar a Tríplice Aliança.

Essa aliança surgiu no início do século XX, em 1907. Antes, portanto, da eclosão da Primeira Guerra Mundial, que se estendeu até 11 de novembro de 1918, quando a Alemanha e os Aliados assinaram o Armistício de Compiègne, representando a rendição alemã.

Marcada pela ascensão do nazismo e do fascismo, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) consistiu na luta entre os Aliados (liderados por Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e outros países) e as Potências do Eixo (sob a liderança de Alemanha, Itália e Japão).

O conflito resultou em uma devastação em escala global, com milhões de mortos e o início do uso de armas nucleares, que continuam ameaçando a sobrevivência do planeta.

Guerras antigas e lições atuais que jamais são aprendidas

Guerras antigas e lições atuais, que não são aprendidas

O belicismo entre os países está longe de acabar, com o surgimento dos conflitos pós-Segunda Guerra Mundial

Apesar de todo o cenário de mortes e de destruição, o mundo continuou assistindo a uma série de conflitos regionais e guerras de independência. Entre eles, a Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1950-1975), a chamada Guerra Fria (1947-1991) entre Estados Unidos e União Soviética, a Guerra do Golfo (1990-1991) e a Guerra do Afeganistão, iniciada em 2001.

E estes são apenas alguns exemplos desses conflitos, pois na atualidade prosseguem muitos outros ao redor do mundo.

Fugindo das guerras

A Guerra Civil da Síria (iniciada em 2011) é um dos conflitos mais devastadores da nossa época, com milhões de pessoas deslocadas (clique na imagem acima) e uma ampla gama de atores regionais e internacionais envolvidos.

Além disso, a crise na Ucrânia (2014 até o presente) e os conflitos no Iêmen (iniciados em 2015) são casos recentes de guerras que têm causado grande sofrimento humano.

A guerra das Malvinas

A guerra que nos tirou o sono

Este que vos escreve varava as madrugadas durante seu trabalho como editor de jornal, aguardando diariamente os últimos acontecimentos da chamada Guerra das Malvinas.

As Malvinas compreendem um arquipélago que está sob posse da Grã-Bretanha desde 1833.

No entanto, em 1982, o então ditador argentino Leopoldo Galtieri (1926-2003) ordenou o início do conflito, com o objetivo de tomar posse do território.

Galtieri sonhava com a incorporação das Malvinas ao território argentino. Mas não era essa a sua maior preocupação.

Embora sustentasse como essencial que o território argentino fosse indivisível, a guerra foi iniciada por motivos políticos.

Na época, a Argentina enfrentava (como, aliás, ainda acontece hoje) problemas econômicos e sociais.

E Galtieri via no conflito a esperança de recuperar a imagem do governo perante a população.

Ele esperava que os Estados Unidos apoiassem a Argentina no conflito, o que acabou não acontecendo.

Com um poderio bélico e preparo tático muito maior, o Reino Unido manteve a posse sobre as Malvinas, à qual os britânicos dão o nome de Ilhas Falkland.

E o ditador argentino foi derrotado em suas pretensões, embora boa parte dos argentinos apoiasse a guerra, apegados ao conceito de soberania nacional.

As lições que não são aprendidas

As lições que não são aprendidas

Ao longo da história, as guerras têm deixado um legado duradouro para a chamada humanidade.

Têm moldado fronteiras, instituições políticas e sociedades inteiras.

Os conflitos são trágicos e devastadores. E seria importante aprender com eles, para evitar que se repitam os mesmos erros.

A história das guerras mundiais, bem como dos outros conflitos regionais, fornece uma visão valiosa sobre os desafios enfrentados pelas nações, as consequências da violência e as possibilidades de paz, que – infelizmente – ainda se mostram remotas.

O lamentável é que a genialidade e a beleza das manifestações artísticas e culturais, além das inegáveis demonstrações de inteligência humana, aparentemente não têm o poder de sensibilizar os que preferem armas e conflitos sanguinários.

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

Gerson Menezes é escritor, jornalista aposentado com mais de 40 anos de atividade (especialmente nas áreas de Política, de Economia e de assessoria de Imprensa), empresário, ex-professor universitário, empreendedor digital e youtuber. (Mais informações no Menu do Rodapé)

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